Este trabalho faz análise compreensiva do PNAES, trazendo à tona diferentes olhares epistemológicos, posicionando tal programa no contexto das diversas ações do modelo social desenvolvimentista brasileiro que esteve em vigor entre 2003-2016. Assumindo-se uma abordagem metodológica interpretativista, pode-se discutir o PNAES sob distintas epistemologias: do positivismo, do utilitarismo que dele emerge, do funcionalismo, do sistemismo, da dialética e da complexidade, o que nos permite adentrar na proposta de estilo literário apresentada por Robert Stake e Michael Watts, num episteme crescente. Este aspecto é importante, pois a interpretação acerca das coisas depende muito da visão de mundo de quem interpreta, e da própria sequência em que novos olhares são lançados, ideia amparada na dialética. Este artigo também traduz a experiência de gestão dos autores do estudo no campo da Assistência Estudantil, bem como de suas condições de pesquisadores em três universidades públicas federais. O estudo considera a necessidade da epistemologia dialética para o aperfeiçoamento do PNAES, mesmo tendo constatado finalmente que, na atual conjuntura, há maior identificação com a epistemologia da complexidade.
This article aims a comprehensive analysis of the National Plan for Student Assistance (PNAES), bringing to the fore different epistemological perspectives, positioning such a program in the context of the various actions of the Brazilian developmental social model that was in force between 2003-2016. Assuming an interpretative methodological approach, the PNAES can be discussed under different epistemologies: positivism, utilitarianism that emerges, functionalism, systemism, dialectics and complexity, which allows us to enter a growing episteme. This article also reflects the management experience of the study authors in the field of Student Assistance, as well as their researcher conditions in three federal public universities. The study considers the need for dialectical epistemology for the improvement of the PNAES, even though it has finally found that, in the current conjuncture, there is greater identification with the epistemology of complexity.